Dessa maneira, é possível extrair a riqueza de conhecimento e, principalmente, de capacidade de cada um, pois para que a gestão colaborativa funcione de verdade é preciso, fundamentalmente, compromisso, tanto do empregador, quanto dos empregados. Mas esta proposta não vale apenas para dentro da companhia. É importante envolver também os clientes, os fornecedores e os parceiros. Afinal, todos estão no mesmo barco.
Dentro da empresa, por exemplo, é possível que o colaborador decida o melhor horário para cumprir suas tarefas e até mesmo qual será a sua remuneração por isso. É claro, que num primeiro momento, haverá descrença, mas aos poucos as pessoas vão embarcando no processo de confiança que é instalado, valorizando cada vez mais a colaboração e a competência.
É normal também, quando se aplica este tipo de gestão colaborativa, que algumas pessoas se sintam ameaçadas e abandonem o barco, com medo do comprometimento. Realmente vão ficar aqueles que querem crescer e isso tornará a empresa mais criativa.
No segmento de TI, mais especificamente no desenvolvimento de software este tipo de administração se encaixa perfeitamente. Em todo projeto de software se convive com incógnitas e os clientes querem uma solução rápida e eficiente. Normalmente, quando surge a primeira incógnita um projeto pode parar ou até fazer com que a parceria termine. Neste momento surge o compromisso, do desenvolvedor em chamar a responsabilidade para si e resolver a questão e do cliente em confiar no fornecedor.
É ai que aparece a possibilidade de se instituir um gestor de clientes, que responde pelo relacionamento direto com os clientes atuais da empresa. Este modelo de gestão colaborativa, permite a construção de uma relação de longo prazo, onde todos ganham. O gestor é responsável pela aproximação junto aos seus clientes, procurando ampliar a relação para além da Pessoa Física, concedendo à mesma um caráter pessoal.
Tudo isso está ligado à questão da responsabilidade social, que é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que ela seja parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. Para isso é preciso levar em consideração os interesses de acionistas, colaboradores, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente e conseguir atender a todos dentro do planejamento da companhia.
Por fim, é fundamental que se entenda que todo processo produtivo, seja ele de um automóvel ou de um sofisticado software, envolve seres humanos e, por isso, a valorização desse indivíduo é fundamental.